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A ameaça de chuva do fim de tarde não reteve em casa os cerca de 2000 durienses que ontem protestaram contra o encerramento das urgências do Hospital D. Luiz I, na Régua. Responderam ao convite da Câmara Municipal, da Liga dos Amigos do Hospital e da recém-criada Comissão de Utentes, e percorreram algumas ruas da cidade, empunhando cartazes onde verteram protestos contra o Ministério da Saúde. "Sr. Ministro, não brinque!", atiraram, perante a proposta que pretende diminuir o serviço de urgência a um simples regime de consulta aberta, funcionando entre as 8 e as 22 horas nos dias úteis e das 8 às 20 horas nos fins-de-semana e feriados.
A população dos três concelhos servidos pelo hospital, Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio, uniu-se na reivindicação de condições mais justas de saúde. Segundo o autarca reguense, Nuno Gonçalves, o ideal seria um Serviço de Urgência Básica, que prevê, em regime de permanência, dois médicos e dois enfermeiros. Alega que outra solução será "prejudicial para as populações", que "vieram mostrar a sua indignação".
A polémica acendeu-se quando no passado dia 14 de Setembro, o ministro da Saúde, Correia de Campos, ordenou o encerramento definitivo da Urgência do hospital da Régua, na sequência de um relatório da Inspecção-Geral das Actividades de Saúde. Sentenciava que o dito serviço não tinha as "condições mínimas" para funcionar. A constatação resultou das averiguações em torno da assistência prestada a um doente que veio a falecer no dia 24 de Julho. Correia de Campos viria então a propor, na sequência daquele relatório, a criação de uma consulta aberta no hospital para responder aos casos agudos não programáveis. A proposta contemplava ainda a colocação de um veículo com Suporte Imediato de Vida (SIV) do INEM; o alargamento do internamento, sendo parcialmente convertido em centro de cuidados continuados integrados; e consultas externas hospitalares para cinco especialidades cirurgia geral, ortopedia, pediatria, medicina interna e ginecologia/obstetrícia.
Mesmo assim, o autarca da Régua continuou a reivindicar um Serviço de Urgência Básica. Ontem, à porta dos Bombeiros Voluntários, com o som da sirene por pano de fundo, os protestos aumentaram de tom no clássico "a Régua unida jamais será vencida".
"Acho bem que se proteste contra este ministro que fecha os serviços de saúde e deixa as pessoas desamparadas", contestava Laura Nascimento, 83 anos, corroborada por Heitor Tavares, de 63, "que venha viver para a Régua para ver o que custa". "Levarem-nos para o hospital de Vila Real, que fica a 35 quilómetros e que está a rebentar pelas costuras, não é solução", acentuou Rosa Mesquita, 73 anos.
Se o autarca tivesse assinado o acordo proposto por Correia de Campos, as urgências do hospital teriam encerrado ontem. Mas como tal não aconteceu, ainda não foi anunciada uma data para que tal ocorra. "É já uma pequena vitória da nossa posição", notou o presidente da Câmara da Régua, satisfeito com a adesão popular.
Eduardo Pinto
In: Jornal de Notícias