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Domingo, 17 de Dezembro de 2006

Com este poema de Ary dos Santos, desejo a todos um feliz Natal


Tu que dormes a noite na calçada de relento

Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e combóios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher.

publicado por laura_ceu às 12:08

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Terça-feira, 12 de Dezembro de 2006

Transmontanos

A injustiça propaga-se como fogo em palheiro. Não é uma expressão popular, pelo menos por enquanto. Mas poderá vir a ser. Não quero falar do sistema de justiça, que de tão injusto e injustamente imperante não merece, neste momento, mais palavras. Falo do ser transmontano.
O transmontano, essa sub-espécie do português, ou sub-espécie do galaico-duriense, é o que baixa os braços perante a injustiça. É, como o galego do norte, o que prefere emigrar a lutar por uma existência mais digna na sua terra. É todo o contrário dos seus antepassados.
Durante séculos, os povos que habitavam a nossa região, o nosso pays, como diriam os franceses, foram quem de defender-se de intrusões externas, foram quem de resistir a dominações, a imposições, foram senhores de si. Aqui sim há um dito popular: para cá do Marão mandam os que cá estão.
Terá sido a ditadura salarazista a responsável pela domação do nosso povo. Os serranos lembram-se bem das imposições do poder salazarista. Foi esta ditadura que acabou com a braveza do transmontano.
Até aos anos 60, milhares emigraram para o Brasil e a Argentina. Depois desta data, afirmou-se Angola, Moçambique e a Europa rica como destino da sangria transmontana. Nos anos 70 muitos milhares regressaram às aldeias, vilas e cidades transmontanas. Nos anos 80, 90 e na actualidade muitos milhares de nossos conterrâneos refazem rotas de emigração, para a França, a Suiça, Andorra, o Luxemburgo e para as cidades da costa. As próprias cidades transmontanas acolhem milhares de camponeses. O transmontano enfrenta, desta forma, as dificuldades da vida. Prefere não mudar nada, prefere procurar a fortuna noutras bandas.

As aldeias esvaziam-se. Fecham as escolas primárias. Fecham as maternidades. Muitas freguesias correm o sério risco de desaparecer, dada a escassez de população. Urge reorganizar o nosso território. Urge repensar o nosso futuro. Não basta que um grupo de autarcas e universitários se reúnam no Congresso de Trás-os-Montes e Alto Douro. Não basta com planos e mais planos, não bastam as autoestradas anunciadas. Há que discutir com toda a gente ideias, propostas, alternativas.
Não há um rumo marcado. Não há objectivos, é como se os próprios políticos (autarcas incluídos) não acreditassem no futuro.


Elefantes

Alguns defendem com unhas e dentes projectos estatais que não trarão qualquer benefício a Trás-os-Montes. É o caso da Barragem do Sabor. por acaso alguém acredita em benefícios desta obra? Vai inundar muitos terrenos, isso sim, indemnizando algumas famílias da zona. A construção vai atrair alguns trabalhadores que, no final, partirão para outras obras. Nada de sustentabilidade social. E ambientalmente: criará um microclima mais húmido na zona envolvente da futura albufeira, alterando o habitat seco que lhe é natural, afectando inúmeras espécies vegetais e animais. Claro que outras surgirão, como é da lei da natureza. Enfim, a electricidade produzida não deixará qualquer benefício na região, ou não tivéssemos nós já bastante experiência neste caso. Olhem para a barragem do Pocinho: o que é que aconteceu ao bairro dos trabalhadores da barragem? Está abandonado.
No Tua fala-se também de uma barragem. É a desculpa oficial para o encerrameno da Linha do Tua. Para Sócrates e o seu governo tecnocrata, não há manifestação que os demova. O eleito democraticamente esqueceu-se do que é a democracia.

Enfim, este governo está a provar ser tão mau ou pior que os seus antecessores. Sócrates está a ter coragem para fazer tudo o que de mau não se atreveram Durão Barroso nem Guterres. Estes dois fugiram. Sócrates, firme e hirto, enfrenta o descontentamento geral dos portugueses. Faz um bom trabalho aos amigos do Guterres: ao criar mais pobreza cria também maior necessidade da caridade que tão bem publicita Guterres. Eu, se fosse do CDS-PP (cruzes canhoto), estaria preocupado com esta ingerência no seu terreno favorito.


Desenvolvimento?

Sem pessoas não se pode desenvolver Trás-os-Montes. Os tecnocratas da capital falam de Trás-os-Montes com uma distância, uma ignorância que metem dó. Referem a todo o momento que o desenvolvimento sustentável deve ser uma aposta da nossa região. Mas como, sem pessoas? Certamente pensarão em importar imigrantes, como já fazem os latifundiários do Douro. Sai mais barato do que pagar a dignidade do povo transmontano. Como os jovens durienses não estão para se deixar explorar, preferindo emigrar, os senhores da Vinha e do Vinho importam ucranianos, aproveitando-se da sua miséria para lhes pagar um mínimo para nós inaceitável.

Os políticos defendem-nos. Os proprietários de vinhas do Douro já receberam milhões da UE, continuam a chorar a sua triste situação financeira. Os trabalhadores do Douro não viram um tostão da UE, nem choram a sua situação, emigram.

Domingos Guedes

In: Diário de Trás-os-Montes


publicado por laura_ceu às 20:32

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Domingo, 10 de Dezembro de 2006

O Governo não pode ser o Pai Natal do Douro

"Éuma ilusão pensar-se que deverá ser o Governo, qual Pai Natal, a aparecer como a solução para o Douro". O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, frisou com esta frase, ontem, em Murça, que devem ser os agentes locais a assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento da região, cabendo ao Governo o apoio às iniciativas que o mereçam.

Para o ministro, os durienses não podem ter atitudes aristocráticas face ao bem que o Douro, na realidade, é. Ou seja, não podem estar à espera de receberem benesses só pelo facto de possuírem uma região valiosa. "Não estamos sós no Mundo e temos de competir com outras regiões que também são belas", avisou o ministro. E acrescentou "Não podemos ficar à espera que venham ter connosco e nos descubram, mas antes tomar a iniciativa de nos dar a conhecer ao Mundo e de o conquistar".  Mais....

Eduardo Pinto

In: Jornal de Notícias


publicado por laura_ceu às 21:40

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